Tradição de mais de duzentos anos, o bumba-meu-boi já foi alvo de proibições da polícia no século XIX e hoje é reconhecido como a principal manifestação cultural popular do Maranhão, festejado em todas as regiões do estado, em diversos ritmos e estilos. A brincadeira mistura lendas indígenas, dança e música, além de uma indumentária caprichada e cheia de brilho. É na temporada junina que as centenas de grupos reinam nos arraiais como principal atração da cultura maranhense. No enredo, o peão Pai Francisco mata o boi mais bonito da fazenda onde trabalha, para satisfazer o desejo de sua esposa Catirina, que grávida, deseja comer a língua do animal, estima do fazendeiro. A desfeita deixa o dono da fazenda furioso e um grupo de índios é chamado para fazer rituais de pajelança e ressuscitar o novilho.
Sotaques
O bumba meu boi é brincados em diferentes estilos, conhecidos como sotaques. Cada um tem ritmo, roupa, instrumento e coreografia próprios. Os principais são os de matraca (ou da ilha), zabumba, orquestra, baixada e costa de mão (ou Cururupu). Também há grupos mais recentes que não seguem um único sotaque e, principalmente no interior do estado, outros que seguem estilo próprio, que não se enquadra a nenhuma das categorias mais específicas.